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Defesa da mãe que confessou que matou bebê asfixiada em AL tenta comprovar depressão pós-parto

Advogado espera que mãe seja indiciada por infanticídio, quando a mulher mata o filho durante o puerpério. Eduarda de Oliveira está presa preventivamente po...

Defesa da mãe que confessou que matou bebê asfixiada em AL tenta comprovar depressão pós-parto
Defesa da mãe que confessou que matou bebê asfixiada em AL tenta comprovar depressão pós-parto (Foto: Reprodução)

Advogado espera que mãe seja indiciada por infanticídio, quando a mulher mata o filho durante o puerpério. Eduarda de Oliveira está presa preventivamente por ocultação de cadáver. Ana Beatriz e a mãe Eduarda Silva de Oliveira Divulgação A defesa de Eduarda de Oliveira, que confessou ter matado a filha recém-nascida asfixiada em Novo Lino, no interior de Alagoas, aguarda resultado de laudo psiquiátrico para comprovar que a mulher teve depressão pós-parto. Ana Beatriz, de apenas 15 dias, foi encontrada morta em um armário no quintal de casa. 📲 Participe do canal do g1 AL no WhatsApp Quando o crime era tratado ainda como sequestro, Eduarda Oliveira passou por exames pedidos pela médica que a atendeu em Novo Lino. O prazo para a divulgação do laudo não foi informado. Em entrevista ao g1, nesta terça-feira (22), o advogado José Welinton disse que a expectativa é de que ela seja indiciada por infanticídio - quando uma mulher mata o filho durante o parto ou logo após, sob influência do puerpério. A pena para esse tipo de crime é de 2 a 6 anos de prisão, menor que a pena de homicídio, que é de 6 a 20 anos. "O inquérito ainda não foi concluído. A Polícia Civil também está aguardando os resultados do laudo psiquiátrico. Espero que seja comprovado que ela estava sob o efeito de uma depressão pós-parto", disse o advogado. Eduarda, de 22 anos, está presa preventivamente por ocultação de cadáver . De acordo com a Secretaria de Estado de Prevenção à Violência (Seprev), Eduarda recebe atendimento de uma equipe multidisciplinar e tem acompanhamento devido ao puerpério. Ela está em uma ala, com outra presa, no Presídio Feminino Santa Luzia, em Maceió. Segundo o advogado, ela está passando por acompanhamento psiquiátrico. "Estive com ela, ela está sendo medicada, está bastante deprimida, mostra arrependimento pelo que fez com a filha", relatou José Welinton. VEJA TAMBÉM: VÍDEO: mãe diz que corpo de Ana Beatriz ficou quatro dias escondido no armário de casa no interior de AL Corpo de recém-nascida desaparecida em Alagoas é encontrado no quintal da casa da família, diz polícia Homens armados abordam mãe e sequestram recém-nascida em Alagoas; 'Eu não ia dar não, eles iam atirar', diz Eduarda Oliveira confessou ter asfixiado Ana Beatriz com uma almofada, mas a causa da morte ainda será confirmada por meio da necropsia. O caso ganhou repercussão nacional depois que Eduarda anunciou, no primeiro momento, o sequestro da bebê, que tinha apenas 15 dias de vida. Houve uma reviravolta quando a criança foi achada morta dentro de um armário no quintal da casa da família. A mãe mudou de versão pelo menos cinco vezes no decorrer das investigações. O g1 preparou uma cronologia de todos os fatos, desde a denúncia do suposto sequestro até o achado do corpo da bebê. Clique aqui para ver. Sintomas da depressão pós-parto Em entrevista ao g1 Paraná, a médica especialista em ginecologia e obstetrícia, Lilian Lang, explicou que muitas mães enfrentam um transtorno emocional conhecido como "baby blues", que acontece logo após o parto e dura por volta de duas semanas no qual a mãe está se adaptando à nova vida. De acordo com a especialista, existe ainda a depressão pós-parto, que é um período mais prolongado e mais evidente em sintomas como choro, insônia, perda do interesse em cuidar do bebê, dificuldade para amamentar e sofrimento intenso. “Importante que familiares e médicos observem com cuidado, pois cerca de 20% das pacientes evoluem para um quadro de depressão pós-parto, essa sim é uma doença mental que precisa ser diagnosticada e tratada precocemente para evitar a perda de laços futuros entre a mãe e o bebê, além de atraso do desenvolvimento psicomotor da criança”, enfatiza a gineco-obstetra. Passo a passo das investigações Delegados explicam passo a passo das investigações do caso Ana Beatriz Cronologia do crime Cronologia do caso Ana Beatriz, morta pela mãe Eduarda Oliveira g1 VÍDEO: confira trechos do depoimento da mãe de Ana Beatriz Corpo de bebê Ana Beatriz foi encontrado no quintal da casa da família Reprodução/Arquivo Pessoal Leia mais notícias da região no g1 AL